Não há tempo para perder tempo

24-03-2020

A vida troca-nos as voltas quando a planeamos com muito pormenor. Pensamos que nada pode correr mal, ou sair do nosso controlo (utópico), quando agendamos e listamos as nossas tarefas.

As pessoas marcam-nos mais do que os lugares. Sentimos saudades das pessoas como não sentimos dos lugares porque só somos saudosistas em relação a estes quando neles há pessoas. Pessoas com quem falar e com quem partilhar silêncios com tanta frequência quanto aquela que o tempo nos permitir.

Contudo, nos lugares, deixamos partes de nós durante o tempo em que os tratamos como nossa casa. E mesmo sabendo que é assim, reencontramo-nos com partes da nossa vida, ao voltarmos a esses lugares. E é a voltar a esses espaços, onde tantas vezes nos alicerçamos, que ganhamos coragem para continuar a nossa caminhada. É lá que encontramos a alavanca necessária para nos projetarmos para o futuro.

No fim, entre pessoas e lugares e, por mais voltas que a vida dê, sabemos que a viagem não acaba por já termos saído dela, da mesma forma que a primavera voltará sempre em março, mesmo que já cá não estejamos para a ver chegar.

Vivamos então, como se fosse hoje, o nosso último dia pois sabemos que "cada dia que nasce é o primeiro para uns e será o último para outros e que, para a maioria, é só um dia mais."

Já não há tempo para perder tempo e "amanhã é sempre longe de mais"

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