Há liberdade

02-04-2020

Chegou abril com o dia das mentiras, como sempre.
Como sempre também, chegou o mês que associamos inevitavelmente à liberdade, a cravos vermelhos e a dias maiores.
 
Este ano, gostávamos que fosse, tudo aquilo que vivemos há mais de um mês, uma mentira contada por alguém com um enorme sentido de humor negro.
Mas não é e quem pode está em casa, a ser agente de saúde pública.


Ironia das ironias, a liberdade que hoje vivemos é, mais do que nunca, uma quimera.


Não podemos sair à rua a não ser para comprar bens essenciais e para passeios curtos. Não podemos reunir, estar presentes nem tão pouco visitar amigos e familiares.


Estamos presos no mês da liberdade. Somos hoje mais libertinos do que nunca porque podemos fazer tudo mas não devemos fazer quase nada.


Há quem afirme que este tempo está para durar, outros tantos acreditam que terminará em breve.


Dura há demasiado tempo para quem está habituado a rotinas apertadas, agendas cheias e a estar perto.


Se vemos o horizonte é porque ele existe e mais do que isso significa que estamos perto dele

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