Festival Internacional de Folclore de Arouca: cultura, memória popular e identidade
Arouca, terra de tradições e costumes, foi palco de mais uma edição do Festival Internacional de Folclore de Arouca, de 15 a 17 de agosto, organizado pelo Conjunto Etnográfico de Moldes de Danças e Corais Arouquenses e da Câmara Municipal de Arouca.
A 37ª edição deste evento começou com uma Rota Etnográfica pela freguesia de Moldes. Nesta visita interpretada designada "Bolo de Augado", os participantes puderam conhecer usos e costumes ancestrais desta freguesia, percorrer campos cultivados, acompanhar a calma do rio, recuar no tempo ao imbuir-se pelas estórias e saborear os mais genuínos sabores rurais, a boroa caseira e o bolo de carne.
Nessa noite, o grupo "Douro Encanto", de Gondomar, animou o Centro Cultural e Recreativo de Moldes, tocando e convidando a cantar todos aqueles que lá acorreram.
No segundo dia, o Festival rumou ao centro de Arouca para, na Praça Brandão de Vasconcelos, se ouvir o espetáculo "Baixinho do Fado - Fado Maroto e coisas giras" protagonizado por um grupo oriundo da Azambuja.
O último dia do Festival, teve início com um desfile que percorreu as principais ruas da vila, trazendo o colorido dos trajes e a alegria das sinfonias ao centro de Arouca. Na Praça, o grupo de Cantadeiras e Pandereteiras da Associación Cultural Xiradela, da Corunha, aguçou a curiosidade para o espetáculo de encerramento do Festival, nessa noite.
De Paços de Brandão, Santa Maria da Feira, à Camacha, Ilha da Madeira, passando pelo cante Alentejano, Património Imaterial da Humanidade da UNESCO, do Rancho Coral e Etnográfico de Vila Nova de São Bento - Serpa e por Arouca, com o grupo organizador, respirou-se cultura popular, memória e identidade no Terreiro de Santa Mafalda. A dimensão internacional foi assegurada pelo grupo vindo de Espanha que fechou esta edição do festival, numa conjugação do som das pandeiretas com as vozes das 14 artistas.
