E se for tudo mentira?

A resistência à mudança é intrínseca à nossa existência, enquanto seres conformados e tantas vezes preguiçosos.

Com o tempo percebemos que a mudança é a única coisa que é estável nesta passagem efémera a que chamamos vida.

Se acreditarmos que amanhã será melhor que hoje, ou se queremos que assim seja, temos de querer a mudança, de dia para dia, de hora para hora, numa terra que gira e tudo muda sem parar.

A mudança constante, como os olhares trocados pelos amantes, é a melhor forma de encarar a vida.

Se podemos ambicionar a felicidade ao mudarmos, mudemos para melhor todos os dias um pouco.

Se mudarmos, em algum momento, para pior, saibamos encarar como má decisão e nunca voltemos atrás.

Pior do que o medo do futuro é a prisão do passado.

E se a vida for uma mentira e a mudança uma quimera, encaremo-la como fizemos até aqui. Com verdade, sempre a verdade.